Prezados colegas,
Neste momento de tantas incertezas face à pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2 e Covid-19), frequentemente, torna-se difícil a decisão sobre a realização ou o adiamento de um procedimento cirúrgico eletivo. Entretanto, mesmo ciente dos riscos, tanto para o paciente quanto para a equipe cirúrgica, adiar o ato operatório pode, além de frustrar as expectativas, ocasionalmente, interferir na evolução do problema e gerar insegurança para quem aguarda um tratamento ou mesmo uma investigação cirúrgica.
A SBU reconhece a inviabilidade de regras rígidas neste complexo cenário, em que existe a tendência natural da maioria em postergar.
As decisões devem sempre envolver a opinião médica e a participação do doente e/ou familiares.
Para auxiliar neste contexto, sem caracterizar uma cartilha, formulamos algumas orientações que vêm sendo adotadas também por outras Sociedades internacionais.
Havendo decisão pela cirurgia, deve-se solicitar que seja incluído no consentimento informado o risco de contágio viral durante o período de hospitalização, o que aumenta a morbimortalidade.
Por outro lado, a equipe envolvida no ato operatório deve ter a preocupação sobre a sua segurança e ter disponibilidade de usar os EPIs adequados para diminuir riscos de contágio.
Em caso de dúvidas ou falta de equipamentos, o CFM e alguns sindicatos médicos já abriram um canal para relatos de irregularidades.
Esperamos que as informações prestadas sejam úteis a todos.
Mantenham-se unidos à SBU!
Prof. Antônio Carlos Lima Pompeo
Presidente da SBU – Gestão 2020/21.
NOTA DOS EDITORES
Caros colegas,
A Covid-19 veio como um flagelo que atinge não somente a nossa realidade nem somente a nossa situação enquanto médicos e pacientes, mas toda a sociedade global, com impacto que talvez só seja realmente dimensionado em um futuro mais distante.
Tendo em vista a urgência de algumas decisões, sobretudo no tocante ao atendimento dos pacientes com situações clínicas paralelas, muitas Sociedades e entidades têm tentado estabelecer algumas diretrizes que possam nortear não só os médicos e pacientes, mas também os gestores do sistema de saúde para o manejo das diversas situações clínicas que vão acontecendo, tendo que se balizar sempre os riscos e benefícios de cada decisão, não somente no tocante aos casos individuais, mas à coletividade.
Dada a complexidade e inusitado da situação, muitas das recomendações aqui expostas poderão sofrer alterações à medida que novos acontecimentos vão nos direcionando a outras reflexões e condutas.
As presentes recomendações não têm, portanto, o intuito de estabelecer diretrizes definitivas que se apliquem para todos os casos, mas somente fornecer elementos para a discussão entre o paciente e o seu médico, devendo ser levadas em conta também as situações individuais, bem como outros fatores e variáveis que não caberia aqui serem discutidos. Casos não incluídos aqui podem, eventualmente, serem discutidos com base em aproximação.
Este guia também não tem a pretensão de servir de intermediário entre os profissionais e os diversos hospitais e/ou planos de saúde, muito embora os seus fundamentos estejam de acordo com o que se entende como as melhores práticas nesse cenário.
Forte abraço, reforçando a certeza de que estamos todos unidos e solidários também nesses desafiantes momentos.
Editores:
Dr. Roni de Carvalho Fernandes – diretor do Departamento de Comunicação da SBU
Dra. Karin Marise Jaeger Anzolch – membro do Departamento de Comunicação e editora-chefe do Bodau
Dr. André Kives Berger – membro do Departamento de Comunicação da SBU
Dr. Roberto Lodeiro Müller – membro do Departamento de Comunicação da SBU
Dr. Rodrigo Sousa Madeira Campos – membro do Departamento de Comunicação da SBU
Dr. Alfredo Felix Canalini – secretário-geral da SBU
Tabela para Procedimentos Endourológicos
Tabela de Cirurgias Uro-Oncológicas
Fonte: SBU Nacional